sexta-feira, 5 de junho de 2009

Todo mundo crescendo e virando mangá

Alguém lembra dos gibis da Luluzinha e do Bolinha, que não eram a turma da Mônica, mas marcaram a infância de muita gente? Eram distribuídos pela editora Abril até a primeira metade dos anos noventa. Atualmente a turma da menina de cachinhos e do menino rechonchudo composta por Glorinha, Plínio, Carequinha, Juca, Zeca, Alvinho, Aninha, entre outros, não são mais reconhecidos pelos gibis por quem tem menos de vinte e poucos anos, mas sim pelos desenhos animados. Já os desenhos eu não curti, pois já estava um tiozinho quando começou a pintar por aqui (quinze anos, hehe). Mas os gibis ficaram na memória e na saudade. Eis que nos últimos dias tive uma surpresa bizarra ao tomar conhecimento de que a turminha da outra menina de vestido vermelho retornava aos gibis, mas dessa vez, assim como a turma da Mônica jovem, em estilo mangá (!) Realmente não era o retorno triunfal que eu achava merecido, ainda mais pegando embalo no que eu julgava como mau exemplo para os quadrinhos nacionais. Os gibis do Bolinha e da Luluzinha já estavam esquecidos, custava deixá-los vivos apenas na nossa memória? Mas não, tiveram que desenterrar para esculhambar, para mim é como chutar cachorro morto. Tá certo que Luluzinha e cia não é uma criação nossa, são personagens norte americanos, mas o ´´mangá`` deles será produzido aqui, e não satisfeitos em descaracterizar a criação dos outros, ainda vão fazer as historinhas passarem aqui, como se eles sempre morassem no Brasil. Sem esquecer de mensurar que os personagens vão estar mocinhos, uma chupação discarada da nova invenção de Maurício de Souza, ficando assim impossível distorcer ainda mais a imagem dos coitadinhos. Nem preciso dizer que a Luluzinha não vai ter mais seus tradicionais cachinhos, que para mim seria a Mônica sem os dentões, tornando-se uma moça vaidosa de cabelos lisos de chapinha, porque a essa altura já seria um mero detalhe. Talvez o Bolinha tenha se tornado um moço saradão, quem sabe? O lado bom disso tudo é que vai se tratar, bem ou mal, de um produto feito em nossa terra com nossos profissionais. Vai ter gente se perguntando por que em vez de mexer com a turma da Luluzinha não criaram algo totalmente novo, mas aí a gente imagina que a turma da Mônica jovem abriu uma cratera enorme para a criação comercial desse tipo, mexer com uma galerinha inocente as tornando adolescentes desenhados com traços de mangá. Como já disse em outro post e que não é novidade para ninguém, tudo que faz sucesso gera imitação, e a Turma da Mônica Jovem, pelo que li a respeito, está vendendo o dobro que os quadrinhos tradicionais de Maurício de Souza, mas talvez seja um modismo.


Revendo meus conceitos, não julgo a idéia do Maurício de Souza de criar uma coisa nova, mas acho que com o nome foda que ele tem podia criar uma turminha feita exclusivamente para seus mangás, e deixar evidente na capa ´´De Maurício de Souza``, ou ´´Do criador da turma da Mônica``. Ou então, como ele já tem personagens adolescentes, como a Tina, Rolo, Zecão, Pipa, Jaiminho, usasse esses mesmos para transformar em mangá, e não em fazer a tradicional turminha cravada na infãncia de todos crescer e se modificar, como o Cebolinha falar certo e parar de aprontar, o Cascão tomar banho, a Magali ter menos apetite e a Mônica aposentar o coelhinho, além da pegação entre os personagens distorcendo a inocência dos gibis. Aí não dá, né? Mas, como os gibis são uma criação comercial e o intuito é ganhar dinheiro, e os mangás de Maurício de Souza, como ele diz, terem dado certo e rendendo ao bolso de seu criador, não podemos dizer mais nada. Só não acredito que os gibis da turma da Mônica possam estar indo mal nas vendas, é o gibi mais consumindo no Brasil inteiro, inclusive usado para alfabetização, o que o Maurício pode estar fazendo é dando um ´´upgrade`` na sua carreira. Ou quem sabe, com o advento da Internet, os gibis não são mais tratados como eram antigamente. Isso me lembra a Dc Comics no início dos anos 90, quando os gibis passavam a despencar na popularidade e começava a se inventar coisas, a apelar para atrair mais leitores, como a morte do Super Homem e o Bat Man ficando paraplégico, destruindo personagens marcantes na cultura de massa em uma desesperada tentativa de se lucrar mais com os quadrinhos.

Voltando a Turma da Luluzinha que também cresceu e virou mangá, li também que foi gasto uma nota só para definir o figurino dos personagens. Parece que estão investindo demais na coisa. Foi uma estilista de moda (não sei exatamente o nome dela, algo como Glória Kalil ou Tânia Kalil) que criou o design fashion das roupinhas da galera do clubinho ´´menina não entra`` e do ´´menino não entra``. Já no primeiro número adivinha só quem aparece? A cantora Pitty (Aê, da-lhe Brasil!!!!!!!!!!!!!!!!!!!), e com isso o aventureiro mangá ganha ponto, pelo menos comigo, é ótimo adicionar cultura nacional a algo que não foi elaborado especificamente por nós. E tomara que seja assim sempre, mesmo utilizando traços de mangá, que esteja presente elementos de nossa terra, valorizando nossa gente, nosso espaço, nossos artistas, nossas músicas. E se o bagulho é doido mesmo e a gente não pode fazer nada para mudar senão aceitar, que role um encontro entre as duas turminhas bem ao estilo crossover de Dragon ball e One Piece. O que podemos fazer é desejar boa sorte, não só para as mudanças e estilos novos, mas para todo quadrinho nacional, o que for fabricado aqui tem que ser bem vindo. E desculpem se eu pareci rabugento, talvez eu esteja ficando velho para aceitar tais mudanças tão de imediato.

Gurus de carne e osso; Eu aprovo.


Nessa semana uma figura ilustre esteve no programa da Luciana Gimenez, Inri Cristo, homem que se diz a encarnação de Jesus. Este só falta tirar carteirinha de sócio, pois só da as caras lá, mas, tirando o Superpop que é quase um freak show, qual outro espaço estaria reservado para o messias da nova era? Enfim, o homem veio provar ao que veio, não disse nenhuma novidade e as opiniões se dividem. Embora seja tachado de charlatanismo, alguns acham que é um pobre coitado de problemas psíquicos que realmente acredita ter o fardo de assumir a representação do filho de Deus na terra. Mas uma coisa é certa, ele tem uma capacidade de persuação incrível, tanto é que uma legião de seguidores estão a anos ao seu lado, tanto homens quanto mulheres. O cara tem personalidade forte, é inteligente até, tem resposta rápida e convincente para todas as perguntas, no mínimo tem a bíblia decorada de cabo a rabo e mescla seu conhecimento com suas opiniões próprias, e assim se forma o famoso Inri Cristo. Devemos reconhecer que ele batalhou por seu espaço basicamente na mesma moeda que os nossos políticos daqui, e assim fez seu nome, seu reconhecimento, senão do messias encarnado, ao menos de uma celebridade que continua arrecadando seguidores e convites para programas sensacionalistas. Taí, bem que o tal Inri podia se candidatar à política. Já pensou? Em um país como o nosso talvez ele tivesse alguma chance. O ´´Jesus`` da nova era diz usar os meios de comunicação de hoje para chegar ao povo, como a televisão, site na Internet e dizem até, o nosso site de relacionamento Orkut, mas, se até o papa se serve do Youtube para chegar ao povão, por que o genuíno filho do homem não pode? Sendo ou não sendo a verdadeira representação de Cristo, ou sendo descaradamente um Jesus Cristo ´´pirata``, eu prefiro acreditar que um homem de carne e osso que faz aparições públicas e declamações reveladoras, mesmo que absurdas, seja mais representativo que uma figura presente apenas no imaginário coletivo (devemos lembrar que a bíblia foi escrita por homens). Ao menos ele está ali, nos fazendo sorrir, nos contentando a cada aparição, usando as mãos o mínimo possível, e tocando nas pessoas apenas para ´´abençoar``, pois o papel de um grande messias é esse mesmo, estar presente e despertar a alegria em nossos corações, em um mundo cada vez mais triste e apocalíptico, e não nos deixar fantaseando por uma figura nada concreta. Isso é metafísica. Inri brinca, zoa os outros e se permite ser zoado também. Coisas do ser humano, e como messias, deve saber disso muito bem. E assim cresce a empatia por esse profeta maluco que ensina a gente a acreditar em si mesmo, ter personalidade própria e não ter medo de represálias. Sim, parece que ele acabou sendo meu messias também.

O que eu acho de tudo isso? Bom, não sou católico nem evangélico, aliás, não tenho religião nenhuma, mas se há aqueles que creem que Jesus Cristo realmente existiu como figura bíblica, porque é tão difícil aceitar que ele possa estar presente de novo? Na bíblia não diz que o cabeludinho não voltaria? Está certo que há aquela conversa dos falsos profetas que apareceriam usando o nome de Cristo em vão, mas e se o Inri for realmente o mesmo que há mais de 2.000 anos morreu na cruz em ´´nosso nome``? Ainda mais em uma época como a nossa em que problemas ambientais e populacionais crescem demasiadamente deixando todos de cabelos brancos. Sei não. Quem sabe aqueles que riem do atual Inri e sempre Jesus tem a mesma percepção (mais civilizada e mais diplomática, claro), dos mesmos romanos que o julgaram à crucificação? Tô blasfemando? Nos dias de hoje já não sei mais de nada. Meu pai! Jesus me chicoteia. Uma coisa é certa, Jesus Cristo é mesmo brasileiro. E Curitibano.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Paris Hilton é tudo e nada ao mesmo tempo


Que Paris Hilton é uma verdadeira princesa todo mundo sabe. Linda, loira, rica e dona de um jeitinho especial que faz a maioria dos homens ficarem caídinhos por ela. Volta e meia anda metida em escandalos, polêmicas, hoje em dia coisas corriqueiras no mundo das celebridades de segunda linha. Mas é difícil não se perguntar quando cai algo na mídia relacionado a ela; O que essa moça é? Sabemos que é uma patricinha que foi crescendo na mídia aos poucos, herdeira da rede de hotéis Hilton, tratada sempre por ´´socialite``. Sei também que tem uma irmã, ou quem sabe até mais irmãos, mas seu estrelismo me parece que veio à tona a poucos anos atrás. Nesse tempo teve sua imagem veículada a programas de tv, revistas, fofocas, moda e merchandise, bem como os exs BBBs daqui. Um certo dia fui surpreendido por uma participação da patricinha em uma pérola cinematográfica, The Hillz, de 2004, aqui traduzido por Sociedade Violenta. Ela estava ali, na capa do DVD, seu nome destacado, tratada como atriz principal. Não resisti de curiosidade e acabei alugando, só para me certificar de que o filme realmente era uma bomba. Se trata de um grupo de jovens do subúrbio de uma cidade americana, chefiados por um rapaz com forte tino para a delinquencia, que se envolve em uma briga feia até com um ex colega que havia se tornado policial. Um deles, o mais ajuizado (o mocinho, claro) se apaixona por Heather Smith (Paris Hilton) e pretende deixar o lugar onde nasceu e cresceu, mas ela é só faz ´´doce`` com ele. A fotografia de filme b, história fraca e péssima atuação faz a gente só lembrar mesmo da Paris. Por um acaso acabei me deparando com a participação da loira em outro filme, dessa vez mais classudo, A Casa de Cera, no qual vive Paige Edwards, uma jovem comum de filme de terror americano, tendo uma morte horrível com a cabeça empalada por um dos gêmeos psicopatas. Nesse ela não fez tão feio, mas também não teve tanto destaque. Tais atuações me fez querer saber dos trabalhos de nossa patricinha preferida nos cinemas, mas os filmes dela aqui são escassos e mal divulgados, parece mesmo que só teremos acesso a eles ocasionalmente, como no infantil O Gato. O personagem principal, o gato humanóide de dois metros de altura e que usa cartola, foge com o casal de crianças do malvado pretendente a padrasto deles, pegando caminho por uma boate na qual o gato quase acaba sendo pego ao se distrair com uma boazuda que dançava toda insinuante para ele, e essa boazuda nada mais é do que a que estamos nos referindo nesse post. Para não dizer que os filmes da loirinha são tudo tosqueira, vou destacar um aqui que eu gostei, não que não seja trashão, mas é bem divertido, o clássico (se não é, devia ser, ao menos das pérolas) Universidade do Prazer (Pledge This!), de 2006. Não, não é um filme pornô, apesar do nome sugestivo. É uma comédia na qual Paris é Victoria English, uma patricinha que chefia as maiores dondocas da faculdade, tratando os demais alunos assim como as patricinhas da nossa Malhação se referem aos outros como ´´fubazada``, recrutando para o time as garotas nerds e desprezadas pelos homens que pretendem um dia serem populares como elas, as fazendo comer o pão que o diabo amassou para merecerem a oferta em um festival de frescurite, capricho e tortura sentimental e moral que uma mulher sabe bem como fazer com a outra, deixando a Miranda Priestly de O Diabo veste Prada no chinelo, ops, no Scarpin. Um filme com temáticas bem femininas, porém engraçadas para ambos os sexos. Dia desses até cheguei a ver outro DVD com ela na capa, mas não tive ainda a oportunidade de assisti-lo. Se não me engano o título é Nove Vidas. Também fiquei sabendo que ela participou de Zoolander, mas não me lembro de te-la visto. Provavelmente aqui ela não era tão famosa na época.


Além dos seus trabalhos como atriz, pesquisando na Wikipédia vi que a herdeira de Conrad Barron Hilton, além de ´´herdeira`` e atriz, também é modelo (tinha que ser), cantora (deixando de preconceito baixei umas músicas, não é pior do que Britney Spears), escritora (como será a literatura de uma modelo loira e gostosa?????), e enfim, como eu disse antes, faz tudo que um ex BBB faz agora antes de ser esquecido. Se isso interessar, aqui vai a Wikipédia da paricinha http://pt.wikipedia.org/wiki/Paris_Hilton.. Um detalhe que eu já sabia antes, mas que quero muito abrir a boca por achar interessante para mim, é que ela é aquariana, daí toda a excentricidade da moça, o jeito complicado de ser e a vontade de aparecer, quem é aquariano sabe bem como é, hehehe. Apesar de todas essas informações, para mim a Paris é do jeito que sempre foi antes de eu saber tudo isso, apenas uma patricinha linda e sem juízo, mas que os homens e algumas mulheres amam mesmo assim. Afinal, quem tem uma imagem diferente dela além dessa? Se ela quisesse poderia não fazer mais nada pelo resto da vida que já estava bom, mas desejo que a carreira dela, ao menos como atriz, decole e que ela faça filmes cada vez melhores. Isso é, se ela não quiser parar bem antes.
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