quarta-feira, 28 de abril de 2010

Percy Jackson e o ladrão de raios.


Algumas semanas atrás assisti no cinema com a minha noiva este que visualmente é um impecável filme, mas que não tráz nada de novo. Como não é nenhuma novidade hoje em dia, é a adaptação de um livro homônimo que faz muito sucesso entre a meninada do mundo todo, e é claro que os estúdios caça níqueis iam aproveitar para lançar um filme carregado de efeitos especiais e rostinhos jovens e bonitinhos. Não é comum um filme infanto juvenil que reúna deuses e mitos da mitologia grega, mas o conteúdo é desgastado, podemos reconhecer claramente elementos que nos fazem lembrar produções atuais, como Crépusculo, colocando um protagonista adolescente bonitinho cheio de complexidade, com amigos fiéis, como seu melhor amigo Grover Underwood que passa o filme todo se fazendo parecer um deficiente físico, e um interesse amoroso tão bela quanto ele e até mais feroz (a gatinha Annabeth Chase), o ensinando a ter mais coragem e disciplina para vencer os obstáculos de seu objetivo, e é claro, deixando a mensagem no final de que a união faz a força. O interessante no filme são os personagens carregarem uma certa dose de insanidade em suas atitudes, como deceparem a cabeça da medusa e carregarem com eles na sua jornada usando sua visão como arma para petrificar os inimigos, ocasionando até momentos cômicos como na cena do hotel na qual a camareira os veem em poder da cabeça e grita chamando atenção das outras pessoas ao pensar que os três hóspedes são psicopatas, e assim os três protagonistas tornam-se fugitivos complicando sua situação, coisa que a gente não veria num Crônicas de Nárnia ou num Harry Potter, por exemplo. Isso sem contar algumas peculiaridades que o tornam atraente, mesmo detalhes pequenos, como o tênis All Star com asinhas do Mercúrio que dava o poder de fazer o o filho de Poseidon (ou Netuno, rei dos mares) voar.
Sobre a Medusa, para mim ela foi o que mais valeu do filme. Interpretada pela atriz veterana e de alto nível Uma Thurman, a vilã foi um presente para uma narrativa tão clichezada e adolescente, embora sua participação fosse curta. Não é a antagonista principal, mas o seu charme somado com o poder antológico da figura mitológica original a tornaram a Medusa perfeita, e seus cabelos de cobra se tornaram um charme especial, ficando nela mais belos até que os dread da Ana Paula Tabalipa. Quando vi o nome de Uma nos créditos iniciais já me perguntava o que ela estaria fazendo ali, e qual seria seu papel, mas ao percebe-la por de trás daqueles óculos escuros e aquele sobretudo preto irresístivelmente atraente na cena da floricultura, aquela voz suave e tentadora, e o momento em que ela tirava os óculos e deixava exposto os olhos malévolos vermelhos da inimiga seduzindo os mocinhos a fitá-la nos olhos para que pudesse petrificá-los, hhuummm... ficava difícil resistir a esse charme irresístivelmente sexy e diabólico, não era a toa que até as mulheres se rendiam a ela e se tornavam estátuas. Mas como eu dizia antes, os protagonistas tinam atitudes insanas e politicamente incorretas, portanto não se importavam em decepar braços de uma estátua que já havia sido gente para libertar a mocinha Annabeth, mesmo que ao quebrar o feitiço a pessoa volte com, digamos, algumas partes a menos. Se bem que nesse filme parecia que o encantamento era irreversível. Mas foi ótimo ver nossa musa em ação mesmo que em poucos minutos, interpretando um tipo de personagem que ela sempre soube fazer muito bem, uma mulher ameaçadoramente perigosa, cheia de tenacidade. Aliás, o filme é cheio de mulheres imponentes e majestosas, e isso dá um sabor especial.

Mas o curioso é o personagem Grover. Sabemos que ele é uma pessoa do bem, e apesar de se fazer de um simples deficiente realiza atos heróicos , e está sempre pronto para ser babá do nosso querido ´´Pussy`` Jackson. Mas tem um detalhe que surpreende até nosso queridinho principal. Ele tem pernas de bode. Sim, ele é um sátiro. Mas o que que tem se tá na moda nos filmes de hoje? O que tem é que esse tipo de ser tem sofrido muito preconceito ultimamente. Babacas sempre existiram, mas é que só nos filmes atuais esses serezinhos ´´tem saído do armário``, aparecendo recentemente. Logo o amigo de Percy não tardará a sofrer preconceito. Será que é por isso que ele escondia suas pernas de cabra?


Para melhor entender o que estou dizendo assista ao vídeo abaixo.




E aqui vão as imagens da personagem que achei a melhor coisa do filme.












Uau! Olha a pose de soberania dessa linda deusa diante de ´´suas obras de arte``.

Nossa, como esse meu cabelo amanheceu rebelde!

domingo, 25 de abril de 2010

Nunca se deixar morrer. Eis um exemplo.


No último Altas Horas tivemos uma surpresa com a única banda de rock presente; Raimundos. Não era a primeira vez que o grupo esteve no programa do Serginho Gróisman nos últimos anos em que andaram sumidos, mas continuam surpreendendo, provando que estão sempre na atividade. A surpresa era essa mesma, mostrar que por mais que pareça que o grupo chegou ao limite, sem mais direção para onde ir, eles aparecem tocando as mesmas músicas, sempre com uma novidade nova. É aí que pensamos, puxa esses caras são mesmo persistentes, o grupo meio que acabou lá pelo início da década passada, e de lá para cá muita coisa aconteceu, primeiro Rodolfo deixa banda e vai transformando seu grupo novo aos poucos em uma banda gospel, e Raimundos continuava, recebendo como novo integrante o segundo guitarrista Marquim, e Digão ocupando os vocais. Meses depois o baixista Canisso deixava a banda e passaria a tocar com o grupo novo do Rodolfo, e o vocalista do também brasiliense grupo Rumbora ocupava seu lugar. Fred saíria da banda deixando seu posto de baterista para Caio ocupar, que embora muito mais moço, parece fazer bem seu papel. Canisso volta à banda, retomando seu posto, e recentemente o vocalista do Detonautas, Tico Santa Cruz (que eu reconheci pelas tatuagens) ocupa o posto de novo vocalista, deixando claro no programa de hoje que o Detonautas continua e que ele fazia um favor para os amigos dos dois grupos, se revezando entre eles. Particularmente não gostei dele como vocalista dos Raimundos, mas admiro seu empenho. Sendo bem diferente de Detonautas, nos Raimundos sua voz fica fraca, sumida, rouca, sem definição, não se podia ouvir nem entender bem o que ele cantava. Mas de certo modo é até bom que ele esteja marcando presença, pois assim a banda se recicla, sem ficar parada no tempo, o que é um grande problema quando não se conta com um trabalho novo há tempos.

Mas enfim, de 2001 para cá muita coisa aconteceu. O álbum Kavookavala, primeiro e único de gravadora sem o Rodolfo, não foi um sucesso de vendas. Já sem gravadora, quando se achava que a banda não resistiria ela surge com uma novidade, o EP Pt Qq cOisAH, um álbum virtual que a banda disponibilizava para download gratuito,de apenas cinco músicas. A repercussão foi muito pequena e o grupo permaneceu na sombra. Desde então o grupo continuava fazendo shows pelo brasil afora, sempre mudando sua formação, até as recentes participações no programa do Serginho Gróisman, como a de dois anos atrás e a dessa madrugada, com o discursso de que precisa mostrar ao Brasil a formação atual dos Raimundos, mantendo acesa a chama no coração de fãs antigos e depertando interesse de fãs novos. Percebi que a garotada da platéia não sabia acompanhar a letra nem do refrão Eu quero ver o oco (a única música que pude ver o grupo tocar), também pudera, não é do tempo deles. Esse ano vão lançar um DVD e ano que vem se Deus quiser, diz eles, lançarão um CD novo. E o grupo continua ralando pelo Brasil afora, e em agosto tocarão aqui no Rio, no Circo Voador.

Sabemos que os Raimundos continuam tocando por puro hobby, o que admiro muito e tiro o chapéu pros caras. Continuam mantendo vivo o espírito das músicas, das letras, do velho rock pesado e querido, suportando as dificuldades e estando de pé apenas por querer. Mas me pergunto o que eles fazem agora para ganhar dinheiro. De qualquer forma fico contente pelo grupo querido da minha adolescência, que me fez gostar de rock, ainda estar nessa terra. Os Raimundos para mim tem um gostinho especial, um sabor de infância, dos meus tempos de moleque, que não perdia uma apresentação na tevê (ainda era moleque para ir aos shows) e fazia de tudo para ganhar os CDs, bem antes da época e costume de baixar músicas. E vida longa para eles, faço questão de conferir o DVD e o CD, e o que mais for produção atual deles. É com alegria, carinho e orgulho que conferi a agenda de shows deles e percebi que continuam firmes e fortes. De coração.
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