sábado, 22 de maio de 2010

Podolatria nos filmes do Tarantino.

Cenas de podolatria nos filmes do Tarantino.

Paralelo de Comparação entre as duas versões de A Fantástica Fábrica de Chocolate - Vol 2 -

Indulto de natal




segunda-feira, 17 de maio de 2010

Paralelo de Comparação entre as duas versões de A Fantástica Fábrica de Chocolate - Vol 1 -

Mitos e curiosidades sobre o Esquadrão Relâmpago


Um grupo de cinco heróis coloridos de roupa de nylon e capacete (o líder é sempre o vermelho) enfrentam alienígenas que querem dominar a terra, e em cada episódio aparecia um monstro de borracha diferente. Depois de amaciarem a criatura, aproveitando que ela está tonta com o golpes, os cinco guerreiros formam uma enorme bazuca e a explodem. Outra criatura aparece e não só ressuscita o monstro, como o torna gigantesco, dessa vez com menos cérebro e mais brutalidade. Os guerreiros entram em seus veículos, naves, tanques, e formam um robô gigante que sai na mão com o monstro. Como cada episódio só possui 18 minutos extourados, caso demore a explodir o monstro com a bazuca, os heróis aproveitam para chamar o robô já ´´montado``. Depois da luta, super resumida, o robô pega sua espada e acaba com o monstro, e tudo fica na mais perfeita paz até o próximo episódio. FIM.

Esse é um resumão de cada episódio do Esquadrão Relâmpago Changeman.
Qualquer pessoa de vinte e poucos, trinta anos hoje deve recordar das tardes que passava diante da tv assistindo aos episódios desse super grupo, das brincadeiras na escola, dos produtos e brinquedos que adquiriam vindos dessa febre, e dos seriados posteriores que seguiam a mesma linha, como Flashman, Goggle V e Maskman (breve farei um post sobre eles) e outros um pouco mais diferente, como Jaspion, Jiban, Jiraya, que faziam o tipo herói solitário e sua armadura futurística. Graças a nossa amiga Internet podemos revisitar essas séries, já que no Brasil mais nada do gênero passe na tv aberta ou a cabo, embora no Japão continue passando esses Sentais (grupo de heróis coloridos com roupas de nylon, monstros, bazucas, naves, robôs, etc), sempre tudo igual como se fosse a Malhação de lá, repetindo a mesma fórmula, fazendo apenas acrescentações sutis. Mundo afora estas séries estão virando Power Rangers graças a um maldito acordo com a Saban que mesclam as ações dos heróis japoneses com cenas de atores americanos.

É emocionante assistir ininterruptamente aos episódios com outros olhos lembrando que anos e anos atrás eu sofreria com as reprises. Se antes eu queria ser o change Grifon (meu irmão era o Dragon e um amigo nosso era o Pégasus, hehe) e até tinha medo dos monstros, e que se alguém me dissesse que tudo era mera maquete e brinquedinhos eu chorava, hoje percebo o quanto os monstros eram malfeitos, de borracha, sem expressão, e o seriado era muito pobre de efeitos, nenhuma computação gráfica. Mas as cenas de ação e as explosões eram boas, embora sendo um seriado infantil pudesse ser simplificado e, não duvido, nas cenas de luta não fossem utilizados lutadores profissionais e sim dublês. Se nos áureos tempos imaginássemos que um dia a Focus filmes (que desenterra seriados) relançasse todos os episódios num tal de DVD e que teríamos à disposição na Internet download até dos episódios finais mais difíceis, e um grande barato, enfim poder ouvir o áudio original em japonês, nos esbaldaríamos. Ao menos nós, fans crescidos, saudosistas e admiradores de seriados antigos podemos rever a vontade e ter em mente que hoje a garotada pode ter fácil acesso a coisa boa. Focus filmes.

Devemos lembrar que os Changeman não são pioneiros do estilo, apenas foi o primeiro seriado do gênero a chegar no Brasil. Goggle V, que é até mais antigo, foi o terceiro a ser exibido por aqui. Pelo que soube por aí, o seriado do esquadrão relâmpago foi produzido por baixo custo pelos estúdios Toei Comapany, os seguites já contavam com recursos melhores. Apesar dos ´´defeitos especiais`` que hoje não passam despercebidos de nossos olhos, ainda considero o melhor Sentai que assisti, levando em conta não só o significado representativo da minha infância, mas também a história. Porém algumas curiosidades que antes me passavam despercebidas começavam a me incomodar. Enumeraremos as dúvidas:

1 -O que os Changeman faziam antes de ingressarem ao Esquadrão Relâmpago?
2 -Ser um Changeman é um cargo remunerado?
3 -Quem são seus amigos e familiares, e por que eles nunca aparecem?
4 -Depois das missões eles vão para casa ou ficam lá, vivendo na base? E afinal, onde eles moravam?
5 -Eles são famosos ou não? Todo mundo sabe suas identidades secretas?
6 -Quanto tempo leva entre uma missão (leia-se monstro) e outra? Um dia? Ou muitas coisas acontecem num único dia?
7 - Porque os Changeman não pegam ninguém?
8 - Qual inimigo foi o mais poderoso?


Bom, agora vamos ao que eu imaginava como resposta ao longo desses anos:

1- O grande barato dos Changeman é que eles vão se conhecendo no decorrer da série tal como nós, espectadores, pois, ao contrário dos Flashman, eles não eram amigos e só se conheceram no exército Defensores da Terra. O Tsurugi (Change Dragon) descobrimos que era um jogador de beisebol famoso. O Hayate (Grifon), pela pinta de motoqueiro dele, devia trabalhar como motoboy, entregador, ou qualquer outra coisa que envolvesse motos. O Ozora (Pégasus) nunca imaginei o que poderia ter sido, mas sabemos que ele era doido para montar um restaurante e era muito guloso, logo imaginamos que ele devia trabalhar com comida, como cozinheiro, garçom... ou não. Ele também era um dos mais metidos a detetive, especialista em explosivos, quem sabe então ele não era de uma espécie de FBI lá do Japão. A Sayaka (Mermaid) gostava de animais e de plantas, devia trabalhar com botânica, ambientalismo, ecologia... e podia também trabalhar com desenhos, já que era a melhor desenhista dos Changeman. A Mai (Fênix) assim como Hayate, era motoqueira, logo devia trabalhar com motos também.

2- Eles foram banhados pela força terrena, jovens escolhidos para defender o mundo das ameaças da corporação alienígena Gozma, portanto eles eram simplesmente obrigados a arriscar suas vidas. Porém, eles haviam se alistado no serviço Defensores da Terra comandado pelo rigoroso general Ibúki, o capitão Nascimento de lá, e continuaram prestando serviços como militares. Portanto é um cargo remunerado sim. Senão, como eles fariam para não morrer de fome e comprar aqueles equipamentos caríssimos? Lembrando que no quinto episódio, quando Ozora se recusa a entregar um diamante de um planeta distante que ele encontrou, se justificava:´´Quando eu deixar de trabalhar para os Changeman vou montar um restaurante.``

3- De fato nunca houve informações de possíveis amigos, parentes e vizinhos dos Changeman, eles iam fazendo amizade com o passar da série, quase sempre com crianças. Coisa que quando assistíamos quando pequenos nunca parávamos para pensar, já que des de o início da concepção do seriado era tido pelos produtores como detalhes irrelevantes levando-se em conta o público alvo. A resposta que imagino é a seguinte; os Changeman não tinham muitos parentes, amigos, eram pessoas solitárias e que por isso achavam que não tinham nada a perder ao entrar para os Defensores da Terra passar pelos rigorosos treinamentos do oficial Ibúki, eram jovens sem perspectivas de vida e que lá construíram uma família. Nossa, que lindo o que eu disse (!)

4- Eles dormem na base. Parece que lá é a casa deles, como soldados que estão sempre em dias de serviço. Podemos ver isso ainda no episódio 38, O Espectro do Beisebol, quando Tsuruji é acordado assombrado pelo fantasma de Giluke.

5 - No quinto episódio, O Mistério do Cristal X, o comandante geral dos Defensores da Terra vem com uma proposta no final, torná-los mundialmente famosos. O detalhe é que o tal comandante é americano, aff, por que não japonês se o seriado é do Japão? Quebrou a firma. Fora isso eles nunca se preocuparam em preservar suas identidades. Mas nem todo mundo os reconhece na rua como se eles fossem celebridades.

6 - Nem sempre cada missão é passada em um dia. De repente em um único episódio passam-se dias, e às vezes eles emendam um monstro no outro, como no episódio em que eles acabam de vencer a muito custo o único monstro que apenas grunhia, Savoo, e pouco após descerem do robô enfrentam mais dois monstros da rainha Ahames, destruindo um deles, o monstro fêmea Jella.

7 - Por mais que pinte um clima entre os personagens nunca rolou namoro ou beijo na boca, mesmo porque é um seriado infantil. Mas que os heróizinhos marcavam toca, isso marcavam. Hayate era o mais paquerador, mas também não pegava ninguém. Já pintou um clima entre Tsuruji e Sayaka, Tsuruji e Nana, Tsuruji e Shima, Tsuruji e Ayra, a menina do arco íris, Hayate e Sakurá, o anjo do planeta Merril, Sayaka e o príncipe das estrelas filho de Bazoo, Ícaro, e Mai e um veterinário de animais espaciais, do episódio Toque de Primavera, mas não deu em nada.

8 - Com certeza Savoo. Eles precisaram da ajuda do pobre dragãozinho de Nana que se sacrificou para salvá-los. Se safaram de enfrentar Ahames, que enlouqueceu igual a mulher do ´´cadê meu chip, hit do Youtube`` que morreu destruindo a base dos defensores da terra, mas enfrentaram e venceram até com facilidade vilões mais terríveis, como a metamorfose do super Giluke e o senhor Bazoo, como é que pode?

Devo lembrar que essas são as MINHAS respostas, o que tenho em mente para justificar tudo isso. Talvez você tenha suas versões próprias, vai a gosto de cada um.


Pontos fracos do seriado




Como todo seriado, o do esquadrão relâmpago também deu muita bola fora. Por dizer (mais uma vez) que é um seriado voltado para as crianças, a maioria delas passava despercebida a nossos olhos, mas agora reparamos muito bem. Vamos enumerar algumas:


Um soldado Hidler gosmento.
1- Dublagem infantilizadora: Constrangedor ouvir o Change Dragon falar para os outros : ´´Vamos turma``. Se buscam uma tradução literal do japonês, que colocassem ´´vamos amigos``, ´´vamos, gente``. O duro é ouvir essa frase continuamente e até os demais repetindo. Que turma? Da Mônica? Outro detalhe, Dragon tentando convencer a princesa Shima a deixar as vilãnias de lado dizendo ´´você é uma pessoa meiga``, e mais risível ainda ouvi-la repetir com aquela voz masculina dela ´´Eu, uma pessoa meiga?`` Podia simplesmente dizer ´´você é uma boa pessoa.`` Pieguismo barato.

2 - Descuido com a caracterização dos personagens: Hayate era o mais vaidoso de todos, galanteador, sempre preocupado em ser cortês com o sexo oposto. Num episódio em que eles encontram a esposa de Gata e esta clama por ajuda para tirar o marido do lado negro da força e voltar para casa onde ela o espera com o filho Wallage, Tsuruji fica com o pé atrás pensando se tratar de mais uma armadilha de Gozma, enquanto Hayate se mostra solidário com a pobre alienígena indefesa, lhe dando um crédito de confiança. Porém, no episódio que Shima perde a memória e passa a se comportar como uma moça normal, a moça ´´meiga`` referida no tópico anterior, Tsurugi é o primeiro a acreditar nela enquanto Hayate tenta convencê-lo de que era melhor não, a ponto de ser esmurrado pelo amigo. Seguindo o senso comum da caracterização dos personagens, esses papéis estariam invertidos.

3 - Econômia na dublagem: Ainda quanto a dublagem, TODOS os garotos, incluindo Wallage, tinham a mesma voz. Agumas personagens femininas como Shima boazinha, a mãe adotiva de Nana, Zole, a mulher de Gata, e a monstro fêmea Wuba antes de sofrer o domínimo de Gozma em flashes do episódio 49, também tinham a mesma voz. Aproveitando o tópico, vamos lembrar da voz do senhor Bazoo, que passou a ser decente no episódio 17, O Navio Fantasma, que marcava a presença pela primeira vez da rainha Ahames. Antes disso ele tinha uma voz parecida com a do professor Girafalles, eu achava até que era o mesmo dublador, mas confirmei que não. E falando nas vozes dos personagens do Chaves, o pirata espacial Buba tinha a voz do seu Barriga, Koko (do episódio 11, A Visita de Koko e Kiki), e a pirata espacial Jill, interesse amoroso de Buba, tinham a voz da Chiquinha, e o princípe das estrelas Ícaro tinha a voz do Quico.

4 - Familiaridade com os inimigos: Não sei porque e nem como os vilões sabiam quem era quem dos Changeman e os chamavam pelo nome, criando assim uma certa familiaridade. Até os monstros, novatos até então na batalha os chamavam pelo nome. E que mania era essa de se referirem aos monstros por nomes próprios ao invéiz de ´´o monstro``, ´´a coisa``, ou ´´o bicho``? Diga a verdade, você teria coragem de matar uma criatura que tivesse um nome engraçado? E que criatividade era essa de batizar as criaturas, quanta idéia para nome era essa? Shima, ao ser transformada em monstro, virou Zole, Ahames virou Mezu e Giluke virou Guiraz, em vez de simplesmente monstro Shima, monstro Ahames e monstro Giluke. Também não gostava do fato dos monstros falarem e terem comportamento humanóide. Bestas irracionais, ferozes e subordinadas como as do Flashman metiam muito mais medo.

A galerinha do mal.

5 - Todos os vilões serem coitados: Todos os vilões em serviço no império Gozma eram coitados obrigados pelo ditador Bazoo a trabalharem para ele, ficando claro no decorrer dos capítulos. Aí fica difícil sentir raiva dos vilões ou até medo. Desmotiva o ódio mordaz para se torcer por uns pés nos traseiros dos monstros. O único que ficou até o final do elenco fixo dos vilões foi Giluke, e mesmo depois de ser enviado ao cemitério espacial por Bazoo e ser traído por Ahames. Mas ele também era um pobre coitado, tanto que se juntou a Ahames anos antes para acabar com o domínio de Bazoo em vão, e se borrava de medo quando este se aproximava da nave Gozma à sua clássica maneira. Porém, se mostrou ser o maior vilão dos Changeman e digno comandante da nave Gozma. Mas fica uma pergunta que não quer calar: porque, sendo assim, os vilões não se juntaram aos Changeman já quando perceberam que eles eram dignos de evitar o ataque de Gozma e confrontar as ameaças de Bazoo?

6 - Os pedacinhos dos monstros irem parar lá atrás das colinas: Quando o monstro é explodido pela Power Bazuca, Gyodai é acionado para ressuscitar e agigantar os monstros, mas ele manda o raio aumentador lá para trás das colinas, enquanto os Changeman se agacham para evitar serem atingidos (aí tem a resposta para eles não atacarem e impedirem Gyodai). Mas como é que os pedacinhos do monstro vão parar tão longe? Será que a Power Bazuca estilhaça tanto assim? Fiquei sabendo que Gyodai foi a primeira criatura dos seriados Sentais a ter o poder de ressuscitar e agigantar os monstros, nos anteriores mesmo que que tivesse luta de robôs contra seres gigantes, era usado outros recursos. Depois de Gyodai veio o Medusan dos Flashman e o monstro elétrico Okelamp dos Maskman, que se validavam do mesmo poder. Será que um pouco de criatividade mata? Mas uma dúvida que nos afligia foi esclarecida nos episódios que Ahames retornava linda e loira com seu novo bichinho de estimação Iangueran. A munição da bazuca não simplesmente se materializava na mão de Dragon, e sim se formava pelos símbolos dos animais mitológicos que davam poder aos Changeman, quando estes surgiam atrás deles quando anunciada a artilharia.

Dúvida que não quer calar: O que aconteceria se qualquer pessoa fosse atingida pelo raio aumentador de Gyodai? Simplesmente ficaria gigante ou era preciso estar bem mortinho e mutilado para isso? Gyodai seria de grande utilidade para uma guerra mundial, já pensou?


7 - E muitos outros chavões que se aplicam não só aos Changeman, mas em toda produção Sentai, como repetições de frases e gestos, o prevísivel, o desperdício de tempo em não chegar já com o robô gigante para pisar no monstro, esperando ele ficar gigante e já recebê-lo com a espada na mão... enfim.



Change Robô dando um pau no monstro.


Até pensei em citar nessa lista os defeitos especiais clássicos, como reaproveitamento de cenas, de ângulos de câmera, de cenário, plástico usado para dar efeito de congelamento, a espada do Buba que é visualmente feita de madeira pintada, miniatura oca de montros que explodiam para fazer o efeito da Power Bazuca e que muitas vezes tinham as cópias reaproveitadas, a cobra de borracha do ´´monstro medusa Shima`` Zole usada para enforcar Dragon e imobilizar e apertar o Change robô, os bonequinhos usados para representar o change robô, as sequencias precárias dele indo pro espaço ou pro fundo do mar, as estrelas que brilham através dos corpos espacias quando estes passam por elas, entre outras coisas grotescas e risíveis, mas devemos lembrar que essas eram características que fazem de Changeman um divertido clássico, levando em conta também o baixo custo da produção. E é claro, as crianças (hoje nós) não sabem de nada, podemos enganá-las direitinho, hahahahaha.



Detalhes que fazem Changeman ter sido o fenômeno que foi.

1 - Personagens carismáticos: Os vilões podiam ter lá suas histórias mais elaboradas que os heróis, mas os heróis também possuem suas peculiaridades interessantes. Hayate, o meu preferido de sempre, era um barato. Galã, vaidoso e paquerador, era do tipo que se preocupava com o visual e não deixava, como ele dizia, seus belos cabelos ficarem embaraçados mesmo durante as lutas, chegando a interrompe-las para ajeita-los. Tsuruji também era um bom líder de equipe depois de Ibúki, um ex jogador de beisebol que se tornou amargurado com a vida depois de matar um amigo com seu arremesso que ficou conhecido como A Bola Dragão (muito provavelmente esse mesmo amigo retorna no episódio O Espectro do Beisebol).
Ibúki surpreendeu a todos ao se revelar no antepenúltimo episódio como um alienígena do planeta Heath, e mostrou que também era bom de briga no episódio 36, A Super Potência. Além dele, também tinham aqueles outros oficiais que auxiliavam os Changeman de alguma maneira, figuras constantes nos episódios, que não me recordo agora dos nomes, mas que se meteram a besta a lutar também no episódio A Super Potência, como guerreiros mascarados todos de preto, nem preciso dizer que quebraram a cara.
Nana, a garotinha fofa, se tornou uma grande amiga dos Changeman e uma formosa mulher, despertanto interesse, mesmo camuflado, em Tsurugi. Inimigos carismáticos como Gata e Gyodai também marcaram a memória.

2 - Produtos licenciados que levavam a marca dos heróis: Lembro muito bem da infinita quantidade de brinquedos, gibis em formato grande da Ebal que reproduzia ´´ipsis literes`` os episódios da Tv só que muito mal desenhado, mas que eu adorava comprar, anúncios na Tv, bonequinhos da Bandai que embora malfeitos pra caramba a garotada se amarrava, revistinhas de passatempo, revista pôster, LPs com versões brasileiras das músicas, máscaras, espadas, escudo do Change Robô, chiclete Bubblets de figurinha, vídeos em VHS da Everest Vídeo que, aliás, foi a responsável pela chegada do seriado aqui no Brasil, e material escolar que levava a marca de nossos heróis. Cheguei a ter um monte de produto deles. Assim como dos Changeman também tinha do Jaspion, que fizeram sucesso simultâneo aqui na nossa terra. Se fosse hoje, na época do piratão, o que não ia ter de produtos malfeitos circulando na praça. Pena que nunca fui ao Circo Show realizado aqui no Rio de Janeiro, snif snif. Já na década de 90 foi lançado os gibis Heróis da Tv, com os heróis dos seriados japoneses em histórias próprias ou compartilhadas, pela Editora Abril, roteirizada e desenhada por brasileiros. Claro que num estilo próprio e bizarro, tentando aproximar os guerreiros nipônicos ao estilo do universo Marvel e DC.

3 - Os inimigos aparecendo na hora certa: Giluke era o comandante da nave Gozma e cuidava dos contatos com novos monstros do império e o ataque aos Changeman e ao planeta terra, Gata era o marinheiro, o mascote Gyodai era usado apenas para agigantar os monstros, sempre alheio ao que se acontecia, Shima e Buba eram os que saíam na mão com os Changeman, e quando algo dava errado Buba sempre praguejava ´´seus vermes``, ´´miseráveis`` e assim ia. Shima geralmente enfrentava as heroínas Mermaid e Fênix, e sempre dava um pau nelas (de fato nuca vi Shima apanhando). Os soldados Hidlers, aquela espécie de Avatar loiro segurando pandeirola, eram figuras constantes nas lutas e acrobacias, mas sequer os arranhava, pois eram muito fracos, mas em compensação os atrasavam e eram grandes assistentes do Gozma. Giluke, como não descia da nave, foi dar o ar de sua graça gritando lá de cima para seu pessoal tomar cuidado com os encantos do anjo do planeta Merril, no episódio 16, os alertando contra a prática do anjo pacificador de ´´amansar`` os ataques inimigos, e assim os Changeman ficaram sabendo que o dono da voz era do comandante Giluke que eles nem sabiam que existia. Ozora foi o primeiro sortudo (?) que pôde não só ver, como também lutar contra ele, no episódio 20, A Revanche de Giluke. E tomou um sacode. Bazoo começava a ficar de saco cheio de Giluke no episódio 30, Avante, Pégasus! por ele se mostrar igual o Cebolinha, cheio de planos infalíveis que nunca dão certo. Pouco depois botou Ahames em seu posto, o enviando para o cemitério espacial por não conseguir se banhar na áurea energética de Nana como sua rival, que teve assim seus poderes amplificados. Mas Giluke dá a volta por cima, funde seu corpo no de um monstro que estava prestes a morrer, e como assombração atazanava os Changeman e Ahames. Logo após, capturou Nana, já crescidinha, e conseguiu fazê-la emanar novamente a aura energética fazendo uso de magia negra e uma turma parecida com aqueles nazistas da Ku Klux Klan, se tornando o super Giluke. No penúltimo capítulo se tornou o monstro Guiraz, que não dizia uma só palavra. Na primeira vez que tentou peitar os Changeman todos reunidos numa tentativa desesperada de provar ao Bazoo que era melhor que Ahames, o próprio Dragon falou ´´Ih, pirou de vez``, e o grande barato foi que os Changeman tentaram usar a poderosa bazuca nele, que fez da espada Guirraz, seu grande trunfo, um escudo, mas foi derrotado mesmo assim, caíndo duro no chão após bloquear a rajada da bazuca. Já o Gata foi visto pela primeira vez pelos Changeman no episódio 10, O Toque dos Bonecos, e não tardaram a perceber que ele era ´´da turma da Shima``. Ele não devia ter estado na terra muitas vezes, tanto que a atmosfera do nosso planeta causou rejeição em seu organismo e ele pegou um resfriado. Mas enganou-se quem achava que ele não podia lutar. Embora fraco tinha um poder especial, o raio que emite pela boca. Sua mulher Zole podia formar uma esfera ao seu redor e utilizar como defesa e meio de transporte. Buba teve um fim digno em uma memorável luta com Change Dragon, talvez a melhor de todo seriado, em uma clara alusão ao filme Sete Smurais, de Akira Kurosawa. Outro ponto interessante foi lembrar que um dos vilões principais tinha família (Gata).

4 - Senhor Bazoo e o ´´império Gozma``: Afinal de contas, o que é Gozma? Uma corporação alienígena? A nave dos bandidos? Um planeta? No capítulo final descobrimos que aquele tronco e cabeça esquisito flutuante que dava ordem aos bandidos não era o verdadeiro Bazoo, e sim um holograma. O real Bazoo era um planeta, o PLANETA GOZMA, e se alimentava da energia de outros planetas para ficar sempre forte e indestrutível, tal como o personagem Galactus, da Marvel. O planeta que era o verdadeiro Bazoo era o Gozma, por isso ficou assim generalizado como sendo o nome de todo o time dos vilões, pois eram aqueles que estavam lutando ao serviço desse planeta, a serviço de Bazoo. Era esse o segredo que estava guardado na boneca do capítulo 31, O Segredo de Bazoo, que os Changeman não conseguiram ver. Além da nave Gozma em formato de lagosta os inimigos contavam também com a Gozma Fighter, aquelas navezinhas estilosas que rasgavam o céu atirando contra o pessoal daqui. Quem as guiava não sabemos, isso é pouco relevante, talvez os soldados Hidlers.
Ahames
5 - Monstros femininos: Outro grande baratos do seriado é que os monstros também tem sexo. Afinal, como nasceriam os monstrinhos? Agora sem sacanagem, foi interessante ser lembrado que até seres do sexo feminino podem ser transformados em monstro por Bazoo para serem usados em seus planos maquiavélicos. O ditador intergaláctico vai dominando os planetas um a um, e um sobrevivente que encontrasse dando sopa ou alguém que resistisse aos seus ataques eram transformados em horrendas criaturas. É claro que só identificamos o sexo da criatura pela voz. Dos monstros femininos teve a mãe adotiva de Shima, Wuba, o monstro espelho Mirah, Jella, do trio monstro da rainha Ahames, e é claro, os monstros que Shima e Ahames viraram. Por falar em vilões femininos, do elenco fixo teve apenas a Shima, que aliás, era só meio mulher, mais parecia um traveco, e a gatinha Ahames, que foi a maior representante das vilãs do seriado. Deu um um banho no Giluke e ficou incrívelmente mais gata com aquela roupa nova prateada, depois de arranjar o dragão alado siames Iangueran. Se mostrou a verdadeira rainha que era, não aquela subserviente de Bazoo que se vestia com mal gosto. Embora fosse puxa saco dele, o importante é que conseguiu ser sua queridinha e honrou a sua fama de mulher cruelmente poderosa e fatal. A maneira como comandava os ataques, ironizava os Changeman e seu rivais, e a forma como virava o bastão para emitir o raio era muito atraente e acredito, fazia a criançada do sexo masculino sentir interesse des de já pelas malvadas. Pena que teve um fim de vilã de novela mexicana.


6 - Os Changeman pilotarem o Change Robô cada um em sua cabine: Apesar dos Changeman já dominarem o Change Robô logo na primeira missão sem que nos fosse mostrado eles tendo aulas de pilotagem de mecha (robôs que controlamos dentro deles, termo recente para mim, hehehe) foi interessante que cada um o controlasse na privacidade e conforto de suas próprias canines, ao contrário dos Flashman que pilotavam o Flash King um do lado do outro e sabe deus como iam parar todos juntos, devia ser uma bagunça danada. Change Dragon ficava na cabeça, sendo o ´´cérebro`` e comandando os golpes, um casal ficava no tronco (Mermaid e Grifon) e outro casal ficava nos pés (Pégasus e Fênix). Uma malandragem do seriado (picaretagem, diga-se de passagem) é que quando as coisas iam mal, sem que pudesse ser utilizado um golpe que justificasse uma virada, Dragon gritava ´´Change Robô Força Total`` e o robô adquiria uma força misteriosa que o ajudava a se livrar do perigo de uma imobilização forçada. Fez isso com o monstro Shima Zoonie e o dragão congelador Ian da Ahames.

Sayaka pagando calcinha durante a transformação. Oba!!!
7 - Os golpes: Equivocadamente se diz que os Changeman se transformam em guerreiros, daí o nome Changeman (Homens que mudam), quando na verdade eles tem o corpo revestido pelo Change Protec, uma proteção, armadura fornecida pelos poderes da força terrena, mas todo mundo repete esse clássico erro de falar que eles estão ´´transformados``. Enfim, já na forma de guerreiro Change, eles possuem seus golpes antológicos. sempre que um amigo seu de equipe está em perigo, Dragon surge com seu triunfal Dragon Kick. Mermaid e Fênix possuem um golpe combinado, chamado Super Looping. E além das armas que cada um deles tem, como bazuca, change fogo, change espada, change escudo, possuem tembém os golpes Formação Bumerang, Formação pentágono (calma, nada haver com essas coisas de muçulmano) e ataque estelar, e golpes individuais como Grifon Garra Magma, Pégasus Ataque, Pégasus Enérgia Relâmpago, Mermaid Typhon Wave, Fênix Atack, etc.

8 - Episódios marcantes: Dos episódios que mais me marcaram, ou os que não me marcaram na época, mas que hoje vejo como sendo dos mais importantes são o quinto episódio ( O Mistério do Cristal X), por mostrar o representante dos Changeman no mundo e a promessa de torná-los famosos internacionalmente, sendo interessante mostrar essa politicagem num seriado infantil, embora mostre que até os japoneses são puxa saco dos americanos, o sétimo (O Enviado do Planeta Atlanta), daquele drama com o novo amigo de Tsurugi que tinha o mesmo sangue de um deus antológico, e todos que marcavam a chegada triunfal da poderosa Ahames, sempre esticado em outros episódios, como o episódio 17 e 18 (O Navio Fantasma e O Poder de Ahames) e do episódio 32 ao 36 (Reencontro Perigoso, O Fim de Gilúke, Invencível Ahames, S. O. S Planeta Terra e A Super Potência), que tinham um climão de últimos episódios.



Não tem nada a ver com essa lista, mas vou falar sobre os filmes para os cinemas. Não passou aqui no Brasil, mas graças a nossa amiga de sempre consegui o download dos dois filmes, obviamente original em japonês, com legenda. Mas quer minha opinião? As duas aventuras não tem nada demais, achei que por ter passado no cinema fosse longa, mas não, apenas episódios comuns dos Changeman. Só não cheguei a me decepcionar porque foi bom mesmo assim assistir aventuras novas de meus heróis da infância depois de tanto tempo.


E foi isso tudo que fez dessa série querida na década de 80 e hoje graças a Internet e ao relançamento dos episódios em DVD, parabéns a Focus filmes pela iniciativa, devemos agradece-la. Só não foi mais querida por causa da avalanche de outros grupos e seriado do gênero, que na minha opinião nem precisava haver tantos, é tudo igual, com pouquíssimo diferencial, como os uniformes (os Changeman usavam sutiã, mas a maioria usava broches hehehe). Lamentamos até hoje a extinção da Tv Manchete, emissora que apresentou esse gênero ao Brasil e alegrou mutos anos de nossa infãncia. Agora, com todos eles virando Power Rangers, só podemos desejar para que as crianças de hoje tenha acesso aos seriados clássicos e intocáveis de antigamente.

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