quarta-feira, 30 de julho de 2014

Jogos bons para S-Nes: Rockman e Forte


Pouco comentado até hoje , Rockman e Forte (ou Megaman e Bass, como estamos acostumados) foi um dos últimos jogos a ser lançado ao saudoso ´´Super Nintendo Entertainment System``, talvez por isso pagou o preço de vagar pelas trevas da escuridão, embora tenha repercutido consideravelmente no Japão. Pertencente à série clássica, provou que a série X, ótima por sinal, não era o último recurso que a franquia do robozinho azul tinha a oferecer ao console 16 bits, nem mesmo Megaman VII, aparentemente única extensão das aventuras de sua versão para Nintendinho. Consegue ser a versão mais difícil do console e vem com a opção de escolher Bass, que passa a unir forças com Megaman após muito tempo de desafeto, eu mesmo só jogava com ele aproveitando a novidade. Tinha habilidades que Megaman não tinha, como dar grandes saltos, ser mais fácil evitar cair nos espinhos e nos buracos, pegar itens que o robô azul não conseguiria, mandar saraivada de raios e poder direcionar seus tiros para o alto, para baixo e nas diagonais, além de fazer algumas coisas que normalmente Megaman fazia, como a derrapagem. Porém, Megaman tinha lá suas vantagens, como por exemplo mandar tiro carregado, suas derrapagens às vezes o faziam passar por lugares estreitos que Bass não passaria e tinha a vida facilitada em alguns estágios que para Bass era um desespero, de modo que equilibrava as duas opções, e o inimigo final continuava sendo o velho e ´´todo poderoso`` dr Willy, agora contando com a parceria de King nos faz esquecer Sigma sem pestanejar. Mesmo assim, essa versão foi bastante criticada não só pelos fans dos jogos do Megaman, como pelos players em geral. Embora eu não seja favorável a essa opinião, foi considerada quase como idêntica a sua versão anterior, lançada para Playstation e Sega Saturn, acusada de copiar sprites, visual e inimigos, entre outras coisas, de ter sido feita as pressas ou de ter feito uso de baixo orçamento, esquecendo-se que é apenas mais um jogo da mesma franquia. Ora, o próprio Ground Man é uma versão mais colossal do Drill Man. Em alguns aspecto devemos concordar, dois vilões foram reaproveitados de Megaman 8, são eles Astro Man e Tengu Man, com o mesmo visual, poderes e sistema de combate, embora os estágios não sejam totalmente iguais, mas é claro que na versão do Playstation (não conheci a versão Sega Saturn) é tudo muito mais caprichado, podemos conhecer até a voz dos personagens. O próprio doutor Willy dá as caras em sua versão 16 bits do mesmo jeito em que na versão 32 bits, assim como outros vilões finais, bastando comparar o visual do pinguim de Megaman 8 com aquele vilão chato da lava com seu macaquinho nessa versão S-Nes. Será que gostaram tanto assim dos personagens ou teria sido uma tentativa de economia, entendendo-se por economia criativa? Além disso o jogo conta com personagens descartados de Megaman 8, ou seja, personagens pensados para o projeto anterior que não foram para frente ou sobraram foram descaradamente reciclados, como Magic Man, onde dá para ver nitidamente que seu estágio carrega fortes semelhanças com o de Clown Man, um ambiente circense. No final de Megaman 8, que considero o melhor final de todos os jogos do Megaman, podemos ver uns esboços dos personagens pensados para a então última versão, esboços curiosos, alguns até parecem desenho de criança, mas vale pelo conhecimento científico da série. Confira a seguir:



Um detalhe interessante é que na versão Sega Saturn o robozinho azul é agraciado com a visita surpresa dos velhos conhecidos Cut Man e Woody Man. Marca sua volta também Green Devil, do Megaman Anterior, uma espécie de Rocky Monster, figura clássica dos jogos, numa versão gosmenta, só que dessa vez derrotá-lo é de uma facilidade contrastante com a dificuldade do jogo, tanto que foi aproveitado para ser o chefe da primeira fase intermediária. Mas enfim, Rockman e Forte, apesar da dificuldade (Dynamo Man, aquele robozinho que parece o Astronauta do Maurício de Souza, tem a dificuldade de nível de chefe final), acredito que é superior em todos os sentidos ao Megaman VII. Gráficos bons, pouca enrolação, inimigos mais condizentes com a série, armas eficientes, belíssima trilha sonora e um Megaman de aparência que se distancia das de jogos anteriores, mesmo sendo igual a de Megaman 8, mas até então o visual estava fresquíssimo. Não falta estágios temáticos consagrados como fase no gelo, na água, terreno arenoso, floresta, fogo (no caso aqui, Burner Man assume o estágio que supre os elementos fogo e natureza) e no céu. Pena que, mais uma vez, o jogo peca pela ausência dos tanques de energia,  Só perde mesmo para a série X.
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